domingo, 6 de novembro de 2011

Herpes x Moxa


Almanaque do banheiro: Alô, herpes? Tchau tchau!


Só quem tem herpes sabe o inferninho que é. Tenho de vez em quando e quase sempre consigo localizar a causa. A penúltima foi um vinho que caiu mal no fim de um dia de viagem, o corpo não deu conta. Sorte que estava na casa da minha querida amiga Susana Ayres, acupunturista, que quando soube me deu a dica perfeita: banhar o local com a fumaça da moxa, ou seja, acender o bastão de moxa e deixar a fumaça inundar a região afetada.

- Mas vou tratar calor com calor?, me espantei; em medicina tradicional chinesa geralmente se trata o quente com o neutro ou o fresco, e herpes é um sintoma de calor/umidade. - Nesse caso sim, respondeu ela. Depois a Denise Moraes, acupunturista de Itaipava, me disse que para hemorróidas este banho de fumaça também é um sucesso.

Foi. No dia seguinte não tinha mais nada. Fiquei até esperando um pouco para confirmar, porque às vezes o herpes quer sair de qualquer jeito - você passa alguma coisa nele, desaparece dali mas surge em outro lado. Pois este desapareceu de fato.

Moxa é a folha da artemísia pilada até virar uma lãzinha. Pode vir solta ou prensada em forma de pequenos cones ou bastões. O bastão é bem fácil de usar. Basta descascar a embalagem, pôr fogo na ponta e aplicar aproximando cuidadosamente da pele no local indicado. Serve para muitos tipos de dor também, cólica menstrual e uma infinidade de sintomas, desde que se saiba em que pontos usar. O nome do processo é moxabustão.

Contei o caso para minha médica homeopata, a Vanize Eyer, que também é rápida no gatilho e já foi me dando outra receita: um creminho com florais - Spinifex, Linum, Fringed Violet e Crab Apple. Mandei fazer e guardei. Outro dia comprei um frango como caipira, puro engano; comi e deu herpes. Pois passei o creminho e não senti mais o desconforto. Em dois dias a erupção sumiu.

Ô coisa boa!