sábado, 19 de junho de 2010

Jogo de Areia - Psicologia Analítica

O JOGO DE AREIA - afirma sua criadora Dora Kalff

“não é apenas um método de terapia, mas um meio criativo através do qual o conteúdo da imaginação se torna real e visível. Além disso, proporciona ao terapeuta uma oportunidade única de observar os processos de desenvolvimento e de cura.”



Sendo um “método não verbal”, sua aplicação consiste em solicitar ao cliente que construa cenários em uma caixa de areia, da forma que desejar, usando miniaturas.

A observação da disposição das miniaturas escolhidas pelo paciente revela seu estado mental, por se tratar de um reflexo de suas imagens interiores, que afloram livremente dentro de um “espaço livre e protegido”- a caixa de areia – como é proposto Kalff. Desta forma, o JOGO de AREIA funciona como uma ponte entre o mundo inconsciente e a realidade externa.

Após uma seqüência de cenários, em um momento adequado, faz-se, em conjunto com o cliente, a interpretação, a discussão e as ligações entre os cenários e os fatos reais da vida interior (psíquica) e exterior do cliente. Esta exibição dos cenários faz com que o cliente tenha um contato concreto com seu inconsciente, reforçando e possibilitando a mudança. Uma das funções do JOGO DE AREIA é ser um dos caminhos para a transformação.


Este método é indicado para todas as idades e sua característica principal é o acesso mais rápido ao inconsciente, em muitos casos possibilitando o abreviamento do processo de cura, por propiciar o aprofundamento da análise, pois através dos cenários o paciente projeta uma imagem do seu estado psiquico-emocional e entra em contato com o seu EU mais profundo. É igualmente indicada para pessoas profundamente introvertidas, intuitivas, racionais, extremamente tensas, agressivas, hiperativas, com dificuldades de comunicação, depressão ou com deficiência de comunicação (fala, audição).

A aplicação deste método apresenta as seguintes vantagens: diminuição da ansiedade, a possibilidade de expressar os impulsos agressivos, o aumento da segurança e da estabilidade interna, proporcionadas pela estrutura estável, livre e extremamente acolhedora que esta prática oferece ao paciente, além da diminuição considerável dos sintomas em um curto espaço de tempo, em inúmeros casos.

Fonte: Texto de autoria de Renata Whitaker Horschutz e Edna Garcia Levy, fotos de Edna G.Levy.
Fundamentação Teórica

Bibliografia sugerida:

- Obras Completas C.G. Jung
- A Criança, Eric Neuman
- História da Consciencia, Eric Neuman
- Ego e Arquétipo, Eduard Edinger
- Jung e a Interpretação dos Sonhos, James Hall
- O Abuso do Poder, Adolf Guggenbuhl
- O Brincar e a Realidade, Winnicott
- Infância e Sociedade, Erik Erikson
- Parceiros Invisiveis, John Sanford
- A Psicoterapia Junguiana, Fordham
- Transferência e Contratransferência, Murrey Stein
- Os Deuses Gregos, K. Kerénnyi
- O Simbolismo Da Mitologia Grega, Paul Diel
- Mal o Lado Sombrio da Realidade, John Sanford
- Dicionários de Simbolos, Mitos, História e Filosofia

___________________________________________________________

Fonte: www.jogodeareia.com.br

Bookmark and Share

Nenhum comentário:

Postar um comentário